quarta-feira, outubro 26, 2005

Seara de Natal

A Câmara de Sintra começou ontem a instalar as luzes de Natal aqui no sítio.
Não estou a falar da vila património mas de uma das povoações da chamada "zona tampão".
Nas últimas semanas têm-se sucedido as falhas de energia por aqui. Qual a solução? Sobrecarregar ainda mais uma instalação pública já deficitária. Excelente ideia!

Luzes de Natal a 25 de Outubro!

Situação geral:
Faltam dois meses para o Natal.
O País continua em seca severa.
O País está supostamente a tentar cortar nas despesas.
As autarquias vêem, por essa razão, os seus fundos substancialmente reduzidos.

Mais próximo:
O IC19 continua a não chegar para as encomendas. Está em obras de alargamento que não vão resolver o problema.
O IC16 continua por fazer.
A CRIL continua por terminar.
A construção continua a crescer apesar de a procura de casas ter decrescido.

Aqui no sítio:
Os espaços verdes têm sido tratados? Não!
O problema dos esgotos que entopem e rebentam está resolvido? Não!
Os passeios já foram arranjados? Não!
As ruas têm sido limpas? Não!
Os buracos das ruas já foram tapados? Não!
Há mais segurança nas ruas à noite? Nem de dia, quanto mais à noite!
Os parques infantis têm manutenção? Não!
Os carros de lavagem de ruas passam por aqui? Não!

Luzes de Natal a 25 de Agosto!

Feliz Natal onde quer que more, Dr. Seara!
E não se esqueça de comemorar o Dia das Bruxas, o Dia de Finados, O S. Martinho, o 25 de Novembro ( esse não esquece, pois), a Restauração e mais a Imaculada Conceição, que vêm todos antes, mas com luzes emprestadas.

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quinta-feira, outubro 13, 2005

Aerograma

Letra: João Monge
Música: João Gil
In: “Sepes” do Trovante

Deus queira que esta
Vos mate a fome aos sentidos
Por agora

Deus queira que esta
Vos guarde a dor aos gemidos
Noite fora

Dançamos fandangos
Sobre uma navalha
Pássaros em bando
Em nuvens de limalha

E assim eu cá vou indo

Vem-me o fel à boca
As tripas ao coração
A noite trás a forca pela sua mão

Sonho com fantasmas
De pele preta e luzidia
Com manuais de coragem e cobardia

Dizem que há sempre
Um barco azul para partir
Nosso hino
Embarca a alma
E os restos de um rosto a sorrir
Do destino

Põe o meu retrato
No altar de S. João
E uma vela com formato de canhão

Cansa-me esta escrita
Com dois dedos num baraço
Assim o quis a desdita
Vai um abraço

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